terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Necessidade de Entender

O povo é tardio para se mobilizar e a maioria, quando a faz, não tem noção o do por quê. Deixa-se ser conduzido - quando a “ficha cai” em suas minúcias cabeças pensantes - na realidade deixa-se ser conduzido mais pelo labéu prolixo. Isso porque não vivemos ainda a crise como a europeia.

Esta semana, publicamos três colunas distintas (Política, Cidadania, Economia), porém, com uma necessidade em comum, de entender. O entendimento é o conhecimento obtido que proporciona a compreensão, que gera a conscientização, que produz a mudança de comportamento. O que esperar de um povo que decide mudar seu comportamento por pressão, quando exigirá mais de seu bolso? Poucos, espontaneamente, de forma consciente são participativos e agem naturalmente sem a necessidade de cobrança.

As atuais crises, hídrica e elétrica, por mais que os governantes digam que não há. Nos leva a pensar que jogo de interesses oclusos existe nesse processo. Sabemos que a conscientização é uma questão cultural, sendo necessário realizar campanhas contínuas para a mudança de comportamento e que de fato possa se perpetuar. Existiam campanhas contínuas de conscientização antes das crises? E as poucas campanhas que existiram por que foram extintas? Alguém pode se lembrar do “Sujismundo” dos anos 70. Pesquisem no Google!

Outras questões estão relacionadas ao conhecimento antecipado. Porque rejeitaram estudos e pesquisas que previam as crises? Bom seria se ocorressem movimentos populares, pelo menos no meio acadêmico, principalmente os jovens, recorressem aos meios disponíveis como a Internet, para promover ação ativa do povo para cobrar, exigir e fazer uso das leis. Assim, poderíamos ver uma mudança necessária nesse país. Fica a reflexão!

Até a próxima!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Crises

Semana passada, iniciamos duas colunas semanais, Cidadania e Economia. Divulgamos matérias em publicadas e os pontos de vistas de seus autores. Não esmiuçamos as matérias, porque citamos as fontes para que o próprio leitor possa realizar a busca e assim, extrair o que lhe convém.

Enfatizamos de forma sucinta, os pretextos das partes envolvidas nas matérias, para evidenciar o que definimos como “o ponto x da questão”, ou seja, a real intenção. Os temas permanecerão em destaque na mídia devido o atual momento que vivenciamos. Na coluna de Cidadania destacamos dois links. Um, para o conteúdo de uma matéria publicada por uma revista, complementado o que já foi divulgado na coluna. Outro, para incentivar o exercício prático de cidadania e a participação na pesquisa de percepção ambiental.

Como salientamos no Editorial anterior, não queremos ser repetitivos do que se fala e divulgada pela mídia, mas sim, mostrar pontos distintos para que o leitor possa ter a sua própria conclusão, após a sua análise. Se houver postagem, comentando o conteúdo da nossa divulgação, então, seguiremos com o tema expondo mais detalhes. Esse é o nosso objetivo, estimular a busca da informação para debater com conhecimento de causa e não passar informação detalhada, com um ponto de vista simplesmente narrada, sem incentivo de esmiuçá-la. Sejamos sóbrios, curiosos, detalhistas no que ouvimos e lemos, para enfim, expressar com clareza nossas ideias.

Atualmente a mídia dar destaque para as crises (água, elétrica, economia...) e não se propaga que especialistas já alertaram com antecedência essa realidade, porém, nenhuma providência por partes dos governantes foi exequível. Uma recente pesquisa divulgada sobre a necessidade da cidade de São Paulo se organizar, executar medidas e políticas públicas essenciais, para se preparar para a sua realidade prevista em 2030. Comprova o que há muito já se falou sobre esse assunto, porém, até o momento a inércia dos governantes permanece. Talvez, com a divulgação dessa pesquisa algo possa ocorrer. Mas, se tratando de Brasil, onde povo e governo se complementam para manter o atual quadro de estagnação, fica a dúvida. Será que vamos ter que pagar por mais esse descaso? Sinceramente, esperamos a mobilização popular para exigir da classe política e dos órgãos responsáveis.

Quem sabe, ocorra a mudança necessária nesse cenário fatídico. No próximo editorial, abordaremos sobre o Movimento Separatista, que de novo não tem nada, até porque ocorre com frequência no Brasil, em menor proporção.

Obrigado por sua leitura!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Nossa Linha Editorial

Vamos ao princípio. Quando decidimos que criaríamos o Editorial, com o propósito de auxiliar nos esclarecimentos de fatos inerentes a um determinado acontecimento, cabe-nos explicar de forma clara e com respaldo a terminologia das palavras fato, inerente e acontecimento.

As palavras fato e acontecimento. Veja o que diz o pesquisador português Adriano Duarte Rodrigues:¹

Sobre a relação entre fato e acontecimento, eu tendo a falar de fatos como os fenômenos que vivemos. O que é diferente do acontecimento, que para mim é uma construção da linguagem, é quando nós narramos os fatos. O fato - enquanto tal - é incomunicável. Vocês não podem viver. Vocês só podem viver aquilo que eu transformar em acontecimento, comunicando-os. Isso serve para entender o mecanismo de construção da notícia. Não se constroem os fatos, na minha perspectiva. Constroem-se acontecimentos narrados. É impossível você viver os fatos transformados em acontecimentos pela mídia. Daí que quando vocês leem uma notícia, vocês viveram os fatos que a notícia narra, mas vocês ficam sempre decepcionados. Porque a notícia narra os fatos da perspectiva do narrador e não da perspectiva dos que viveram. É impossível que a notícia faça com que o leitor viva os fatos narrados. O que o leitor faz é ler uma narrativa que converte esses fatos em acontecimento narrado.

A palavra inerente é um adjetivo de dois gêneros e significa que se encontra ligado de modo íntimo e necessário; seus sinônimos são imanente, inseparável, intrínseco, ligado, peculiar e próprio.²

Definimos fatos inerentes a um determinado acontecimento como: vivenciamos o que está ligado ao que nos narram, ou seja, sempre estamos sujeitos a viver como queiram pela forma narrada. Aí está o perigo de não se ter uma visão de pontos distintos dos fatos narrados, como se diz no dito popular, sejamos como “papagaio de pirata”. Repassamos o que nos narram sem ao menos questionar e repetimos com pompa de “eu digo a verdade”, como se de Fato soubéssemos do que falamos repetidas vezes, ou o pior, transferimos a responsabilidade do dito, mesmo que por instinto, para determinadas imagens tidas como imaculadas, sejam pessoas, programas televisivos, veículos de comunicação e etc.

Exatamente, por isso, que nosso Editorial seguirá a linha dos ditos por não ditos, e que abrirá leques de porquês para que cada leitor(a) possa interpretar por meio do exercício prático diário de raciocínio lógico, e se a preguiça não o(a) impedir, buscar informações sobre palavras, frases, textos e contextos não compreendidos e suas interpretações. Para que sejamos insólitos, porém, com prudência para que a perspicácia nos conduza com equanimidade.

Obrigado pela leitura!
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1. Professor catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Estrasburgo (França), doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de Louvain (Bélgica) e professor da Universidade Nova de Lisboa (Portugal), onde foi vice-reitor e também dirigiu a Faculdade de Comunicação.

2. Dicionário Online de Português http://www.dicio.com.br/inerente (16.01.2015).